Chefe da segurança social diz que Itália precisa de trabalhadores migrantes
O chefe da Segurança Social italiana (INPS) entrou em colisão com o ministro do Interior, motor da política anti-imigração no executivo de Roma, depois de afirmar que a Itália precisa de trabalhadores migrantes para que o sistema de pensões do país seja sustentável.
Tito Boeri afirmou que, ao reduzir os fluxos migratórios, Itália perderá “700.000 pessoas de menos de 34 anos no espaço de uma legislatura”, explicando que o sistema de pensões “não dispõe dos mecanismos de correção que permitirão compensar a queda no número de pessoas que chegam ao mercado de trabalho” e que “o país precisa de aumentar a imigração legal”.
Declarações suficientes para atrair a ira do Ministro do Interior e líder da extrema-direita Matteo Salvini, que chegou ao poder com a promessa de reduzir fortemente os fluxos migratórios em direção a Itália.